Zélia Monteiro fundamenta sua experiência de quase 40 anos como professora de balé em um duplo pilar de sua formação: a escola italiana – método Cecchetti – que estudou com Maria Melô – e as abordagens de consciência do movimento e da dança de Klauss Vianna.

“Minhas aulas, assim como as de meus professores, são abertas a todos os interessados, sem separação em níveis: tendo ou não conhecimento prévio de balé, todos fazem aula juntos. É um método onde a aquisição da técnica é entendida como um processo, que se dá somente quando se respeita o desenvolvimento individual e a constituição física de cada aluno, suas possibilidades e limites, e não como um treinamento rígido imposto ao corpo.

Não se restringindo apenas à codificação de seus movimentos, específicos de uma época e tradição, o estudo do balé é um meio e não um fim. Um meio para sentirmos e conhecermos nosso corpo e seu funcionamento, possibilitando assim a transformação de nossos padrões posturais. Através do alinhamento ósseo-muscular, do relaxamento de tensões desnecessárias e do fortalecimento de musculaturas fracas, melhora-se a postura e a coordenação. A disponibilidade e o prazer de dançar permanecem vivos.” Zélia Monteiro

Entrevista por Juliana Moraes (aluna): www.conectedance.com.br/ponto-de-vista/sobre-o-bale-classico-o-que-devemos-jogar-fora/

crédito das fotos: Vitor Vieira e Danila Bustamante